Olá a todos!
Como não podia deixar de ser, tinha de aderir à cena dos blogs, precisamente quando já não é novidade. Julgo que já se fez de tudo em blogs que poderia ser feito: blogs de escrita, futebol, sexo, opinião política, cinema, Hello kitty, pasteis de bacalhau, filosofia e uma infinidade de coisas.
Este blog (se eu tiver pachorra) vai ser mais um. Ou seja não vou tentar ser genial (mesmo que quisesse não conseguia), nem diferente. Este blog vai ser mais um dos que entopem a auto-estrada (sim, com hífen porque eu ainda sou desse tempo e levei muita reguada nestas mãos pecadoras para colocar correctamente o raio do tracinho. Portanto se o Lula quiser que eu escreva como ele quer, vai ter de enviar o capitão Nascimento cá ao Montijo para me afincar um bico bem assente numa parte da minha anatomia que nem me atrevo a referir, dado que não vou tornar o blog decadente logo na sua primeira entrada. Deixemos isso para mais tarde quando conseguir patrocínios na Private) da informação (se a minha professora primária visse o tamanho do parêntesis anterior, já tinha as mãos a arder).
Estais, portanto, perante o sanitário onde serão lançados os dejectos da minha vida que considero tão igual à de outras pessoas: perfeitamente desinteressante. O ombro amigo onde largarei a baba e o ranho. O desgraçado que eu encontro numa noite de Sábado de embriaguez, a quem conto tudo o que ele não me pediu para ouvir. O balde para onde envio o greg da minha verborreia mental.
No meio disto tudo vou meter uma foto minha com um ar de intelectual descontraído no cabeçalho só p’ró estilo, que um gajo tem de parecer que sabe disto.
Meto-me nos blogs só agora e isto traz-me à memória algo que aconteceu à cerca de 15 ou 18 anos na minha escola, com um colega meu:
“No início dos anos noventa, a música assistiu ao surgimento de um milagre electrónico (lá estou eu a ser irónico) chamado Technotronic. Levámos com alguns 2394837 remixes de “Pump up the jam” visto que poucas foram as outras faixas do CD que vingaram. Qualquer bar, “disconight”, pastelaria, rádio, snack, tasca, sala de chuto (isto é mentira que na altura toda a gente era decente e não havia cá dessas coisas), infantário ou centro de dia, que se prezasse, tinha de passar a faixa pelo menos 5 vezes por cada meia hora. Bateu durante tanto, mas tanto tempo e tão intensamente, que acho que não passou de moda, o pessoal simplesmente criou aversão.
Finda esta era (ou melhor, o seu intenso início) a malta começou a aderir mais a sons mais “arrockalhados” (isto assim escrito parece uma ordinarice), tais como os Metallica, Red Hot Chili Peppers e os contagiantes e “moshantes” Nirvana. Não havia quem não mergulhasse na explosão de esbracejares e esperneares frenéticos de quem acorria para o centro da pista ao som de "Smells like teen spirits", tornando o trabalho de qualquer gorila penoso, ou mesmo mais divertido. Toda a gente deixava crescer uma gadelhinha à Paulo Sousa. Those were the days... Quando regressámos às aulas para o reencontro do pessoal, a novidade dos casalinhos que se formaram durante a época estival, as mudanças de penteado e as miúdas com o físico a ficar mais avantajado em relação ao ano anterior, houve um cromo (o qual não vou revelar aqui o nome), que no meio desta eclosão de novidades se vira com um ar cool e diz: “Comprei o disco dos Technotronic!”.
Assim aqui estou eu a inaugurar algo que toda a gente por todas as razões e mais algumas já inaugurou.
Dou-vos os parabéns se conseguiram ler esta treta até ao fim. São como eu, têm uma vida desafogada.
Sejam benvindos à inauguração, peguem numa taça e que comece a música:
http://www.youtube.com/watch?v=1K7fL5s_1acdigam lá se esta malta não era nice?