...porque sou um homem da margem sul. Mas daquela margem sul a Leste do Barreiro (não me levem a mal). Da margem sul do toiro e do fado. Da margem sul de influência Ribatejana.
Chamem-me rude, campónio, bárbaro mas fui criado nisto. E não me fez pior ou melhor pessoa: fez-me "Montijeinse".
No outro dia cheguei do trabalho e deu-me na bolha ir às largadas. Porque este ano não gozei nada das festas, a não ser uma visitinha de médico à feira e um furtivo vislumbrar do último carro alegórico da marcha luminosa.
Pessoal espalhado pelas ruas chamando efusivamente pelo animal. Semi-ébrios de álcool e coragem suicida, pendurados nas trincheiras, tentando ver mais e melhor e, talvez atrair a atenção do "vilão". A poeira que anda no ar misturada com o aroma a febra no carvão. Já tinha saudades...
Registei tudo com o telemóvel, digam lá se não é um belo animal:
Ainda houve quem viajasse a rebolar, por entre as pernas deste animal, durante umas boas três dezenas de metros, mas como sempre, a câmara não estava a postos. Mas garanto-vos que o rapaz não ficou nada recomendável. Para variar o povão accercou-se do quase cadáver na esperança de ver uma desgraça, mas por sorte, viu as suas expectativas goradas.
A febra e a respectiva imperial ainda tinham o sabor de outrora... de um Miguel (ainda mais) descontraído.
A rotina do trabalho faz-nos esquecer como estas coisas tão simples nos faziam tão felizes e eram tão importantes na altura...
É daquelas cenas que só um tuga compreende. Eis as imagens captadas.
http://www.youtube.com/watch?v=P-i0Yl6gpF4
Toiro! Toiro! Toiro mai linde!
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